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Prolongar

Posted by Volvard
Se você pudesse voltar no tempo, talvez você não deixasse tudo se destruir, o mundo inteiro cair. Eu não quero ser inconveniente, mas sua atitude destrói tudo que contruimos, não deixe isso desaparecer. Você está arruinando tudo.
Eu sei que prometi que seria sincero, mas você também. Então, porque você está indo pra tão longe? É assim que ficamos? Foi tudo uma grande mentira? Foi só um jogo pra você?
Eu sempre quis bem a você, eu gostava de você. E achava que nada poderia dar errado. Mas pra começar, eu que estava errado. Porque você não consegue viver sem mentir, e por isso, sem saber o que é verdade ou mentira, tudo fica muito confuso. Chego a me sentir usado. Mas você realmente sempre soube, eu só quero ficar com você.
Como dá raiva! Porque eu estou tão envolvido assim? Quando te vejo eu fico todo bobo. Você me tem na sua mão, e faz disso a pior experiência que eu poderia ter.Você prolonga as coisas fugindo do assunto, e faz disso algo mais longo do que deveria ser. Até onde você levará isso? Só o tempo irá dizer.

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Ora bolas, carambolas - Antonio Prata

Posted by Volvard
Como Sérgio Porto já sabia, quem gosta de doce de coco preza muito o circunflexo. Eu acrescentaria: quem gosta de humor, também. Afinal, o que é o humor senão um acento deslocado, um chapeuzinho (de palhaço) que, se posto sobre qualquer palavra, pessoa ou situação, revela o que há de hilário por trás da aparente banalidade? E, ora bolas, carambolas: uma vez que todos nós nascemos, morreremos e não há nenhum sentido em estarmos aqui escrevendo crônicas, fazendo obturações, redigindo contratos ou brigando com a Marinalva do 702 por causa da vaga na garagem, tudo é absurdo e, portanto, risível. Só depende do jeito que olhamos.

Ou melhor, não olhamos, pois grande parte da educação consiste em reprimir a percepção do ridículo. Em forçar as crianças a, por exemplo, aceitarem que não há nada de engraçado no fato de o chefe do papai chamar-se seu Pinto e todos os adultos a ele assim se dirigirem durante o almoço, seriíssimos: "Como vai, seu Pinto?", "Passa o suco pro seu Pinto!", "E a sra. Pinto, tá bem?"

Foi só falar em seu Pinto, agora, e lembrei-me de seu xará: Pepino, o Breve, rei dos francos -com todo mérito, aliás, pois quem merece mais ser coroado pela franqueza do que alguém que aceita um epíteto tão desmoralizante? Para não dizerem que estou com uma ideia fixa, mudo para algo completamente diferente: o portentoso banco central alemão, Bundesbank. (Acho que todos os humoristas brasileiros deveriam depositar suas poupanças no Bundes, só pela piada.)

Não é apenas na baixaria, contudo, que o humor germina. Também cresce em solos mais nobres. A filosofia, por que não? Quando estava na faculdade e ouvi falar pela primeira vez sobre Adorno, abri um sorriso e fiquei esperando o momento em que o professor sublinharia a graça daquele nome, mas o momento não veio. Será que só eu percebia que éramos 30 pessoas discutindo seriamente o trabalho de um sujeito chamado Enfeite, Ornamento, Penduricalho? Ainda mais absurda me pareceu a situação ao me dar conta, no fim da aula, que boa parte do trabalho do dr. Enfeite consistia em acusar a indústria cultural de baratear a arte, de substituir as grandes obras por produtos vazios, ocos, por meros... adornos?

Por que será que fazemos tanto esforço para evitar o humor? Talvez porque, ao apontar as pequenas incongruências da vida, ele nos lembre do disparate maior: seu fim. Toda piada, ao revelar que as coisas não são o que parecem, derruba momentaneamente as barricadas que erguemos para esconder o cinzento horizonte.

"Tão preocupado em cair no ridículo que não vê que já caiu no abismo", escreveu o grande autor mineiro Campos de Carvalho. De fato, assim somos. Mas, ora bolas, carabolas -de novo: há algo mais ridículo do que tentar negar o abismo? Afinal, por melhor que seja o doce de coco, ele acabará inexoravelmente com um circunflexo no segundo "o". Nosotros también, compañeros. E já que a derradeira circunflexão é inevitável, não seria mais inteligente nos contorcermos rindo do que seguir dizendo, com a coluna ereta e as sobrancelhas arqueadas, "Seu Pinto, aceita mais um café?", enquanto mexemos as nossas xicrinhas?

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Estou aqui, estou contigo.

Posted by Volvard
                                Estou aqui, estou contigo.
Sendo teu sorriso, ou teu ombro amigo.
Adoro te ouvir, suas alegrias e dilemas.
Te acalentar em dias de sol e em noites serenas.
Seu choro é uma faca que despedaça meu coração,
e seu sorriso que só disfarça não me serve de nada não.
Quero a certeza de que teu dia vai bem,
ti quero tão feliz quanto nunca vi ninguém.

Estou aqui, estou contigo.
Quando precisar ti sirvo de abrigo,
pois quero te proteger, 
mesmo sem você saber.
Tanto já fiz por ti, e não quero nada em troca.
Seu sorriso já é meu premio, e nada mais importa.
Conheço teus sonhos, sei onde queres chegar.
Sei que é capaz e que grandes voos irá alçar.
Nunca duvidei de ti, nem por um momento.
Conheço-te e vejo dentro de ti um forte sentimento.
O sentimento de quem sabe o que quer,
que pode ir tão longe só com isso e muita fé.

Estou aqui, estou contigo.
Sou teu anjo, o teu amigo.
Teu anjo da guarda eu sou,
sempre ao teu lado estou.
Não te deixarei jamais,
não importa em que situação tu estas.
Meu dever é te guardar, te proteger.
Fazer isso tudo sem você nem ao menos me ver.
Sou anjo secreto,
e esse é o certo.
Secreto, mas próximo, tão perto de ti.
E com muita cautela eu te vejo dormir.

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Não chova não...

Posted by Volvard
Quando ela estava triste, chovia...

Eu sei, todo mundo fica um pouco triste quando chove. É um clima muito melancólico.
Mas com ela era diferente. Ela não ficava triste por chover, mas por ela estar triste que chovia.
Tem gente que gosta da chuva. E por isso, pareciam querer magoa-la. Apenas para satisfazerem sua própria vontade. Tem muita gente que só se importa consigo mesmo, e usam as pessoas para isso.
Mas quando chove, tudo meio que para. Nas ruas não há ninguém, e quando tem, é correndo para não se molhar. Há pessoas que não gostam de chuva. Elas fogem dela, não querem se molhar. Ninguém partilhava de sua tristeza. Eles corriam.
Não tinha ninguém para parar a chuva. E, embora a chuva muitas vezes seja boa, acabava prejudicando muitas coisas, quem sabe, até outras pessoas.
O grande problema de quando estamos tristes é não saber direcionar a tristeza para seu foco. A chuva tende a prejudicar aqueles que mais precisam dela, ela inunda tudo, e tudo se vai com a chuva.
O problema dela era achar que ela estava só, que precisava jorrar sua tristeza por ai, sem ter ninguém para lhe apoiar. Mas não é assim. Os ventos são os melhores amigos da chuva. Com eles a chuva vai, a chuva vem... Ela viaja. Isso quando ela não abre as nuvens e deixa passar a luz do sol.
Ele saiu na chuva. Sem guarda-chuva, sem medo do que perder. Ele gosta do sol, ele só não quer perder o dia por causa de uma chuvinha. Ele saiu, se banhou nas lagrimas que até agora ela achou que ninguém partilharia. Mas ele estava lá, e um dia ela percebeu isso. Ela então se abriu, deixou que ele partilhasse de sua tristeza e então... Ela não estava mais triste. Quando ela sorriu o sol apareceu. E isso era o que ele ganhava em troca. Ele só queria partilhar de seu calor.

Naquele dia, o mais belo arco-iris apareceu...

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